agências das Nações Unidas expressaram o seu alarme pelo aumento da taxa de violações dos direitos humanos na República Centro-africana, na sequência de relatos de aldeias incendiadas e abandonadas, deslocação maciça, bem como saques e tortura

agências das Nações Unidas expressaram o seu alarme pelo aumento da taxa de violações dos direitos humanos na República Centro-africana, na sequência de relatos de aldeias incendiadas e abandonadas, deslocação maciça, bem como saques e tortura
Os membros do gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), juntamente com o gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de assuntos Humanitários (OCHa), deslocaram-se na semana passada à cidade de Paoua, 500 quilómetros a norte da capital, Bangui, onde encontraram sete aldeias destruídas pelo fogo e abandonadas – e uma oitava parcialmente incendiada – com os moradores a esconderem-se no mato. a população local falou de agressões físicas, extorsão, pilhagem, detenções arbitrárias e tortura por homens armados, assinalou a porta-voz do aCNUR, Melissa Fleming. Os habitantes disseram que estas ações podem ter sido em retaliação a um confronto no mês passado com grupos de autodefesa, que tentavam proteger as suas famílias e bens. a República Centro-africana – que tem sido marcada por décadas de instabilidade e guerra – assistiu a um regresso da violência em dezembro último, quando a coligação rebelde Seleka lançou uma série de ataques. apesar de ter sido alcançado um acordo de paz em janeiro, os rebeldes voltaram a cercar a capital, Bangui, em março, forçando o presidente François Bozizé a fugir.