Extração de carvão privou os agricultores das suas terras e as empresas concessionárias tardam em cumprir as promessas de realojamento. Mais de 2. 500 camponeses temem perder a época de sementio Extração de carvão privou os agricultores das suas terras e as empresas concessionárias tardam em cumprir as promessas de realojamento. Mais de 2. 500 camponeses temem perder a época de sementio Privados da terra, de água e obrigados a inalar pós nocivos à saúde, mais de 2. 500 agricultores da província de Tete, em Moçambique, arriscam-se ainda a perder a próxima época de sementio, por causa da extração de carvão. Desta vez, as culpas são atribuídas a uma mineradora indiana, que começou os trabalhos no início do ano e ainda não cumpriu a promessa de realojar os moradores da zona afetada pela concessão. Mais de 2. 500 camponeses permanecem sem terras para cultivar o que tem feito aumentar o clima de tensão e violência. Recentemente, quatro representantes da empresa concessionária foram agredidos. Segundo a organização não governamental Justiça ambiental, a firma indiana comprometeu-se a realojar 434 famílias nos próximos dois anos. Na mesma província, a mais rica do país em carvão, os projetos de mineração de outras duas empresas – uma brasileira e outra anglo-australiana – já tinham levado ao deslocamento forçado de comunidades inteiras. Perto de 1. 300 pessoas foram instaladas em aldeias no meio do nada, sem infraestruturas e com poucas terras disponíveis, denunciou a organização à agência Misna.