Há 10 anos que os missionários e as missionárias da Consolata (cinco sacerdotes e cinco religiosas) prestam um serviço pastoral na Mongólia, numa realidade que ainda tem marcas do antigo regime da União Soviética
Há 10 anos que os missionários e as missionárias da Consolata (cinco sacerdotes e cinco religiosas) prestam um serviço pastoral na Mongólia, numa realidade que ainda tem marcas do antigo regime da União SoviéticaO testemunho de fé no anúncio do Evangelho na Mongólia foi recentemente apresentado por Sandra Garay, missionária da Consolata argentina, que aí trabalha desde 1992. a presença cristã nesse país asiático é uma minoria e os católicos não chegam ao milhar. Numa entrevista à asianews, a missionária diz que a população é pobre, mas sedenta de Deus. Por isso o trabalho toca duas áreas fundamentais: primeiro, dar um contributo para o desenvolvimento do país, partindo da instrução e oferta dos bens de primeira necessidade, dado que 20 por cento das pessoas vivem com pouco mais de um dólar por dia. Depois, transmitir os valores que podem saciar a sede de Deus e a procura do significado para as suas vidas. a Mongólia era um Estado satélite da galáxia da União Soviética até ao colapso do comunismo. Por isso a evangelização teve que partir do zero, conta a Irmã missionária, que testemunha como neste ano da Fé há uma fonte de renovada esperança para o nosso povo. a Evangelização enfrenta desafios duríssimos, a começar pelo clima e pela geografia num contexto de pradarias e de invernos muito rígidos. Metade da população vive na capital Ulaanbaatar, e a restante é nómada. Obviamente que os inícios foram muito duros para quem provinha, como nós, de uma cultura, um clima, uma paisagem uma língua diversa, diz a religiosa. Mas sabemos que é Deus que nos guia e ajuda neste processo de adaptação. Segundo as últimas estimativas, os cristãos, de todas as confissões, presentes na Mongólia, representam apenas dois por cento da população, na sua maioria de fé budista, misturada com o xamanismo de tradição local. Os ateus atingem 40 por cento da população. Os católicos, que são apenas 835, apresentam um forte dinamismo com centros de acolhimento para órfãos e idosos, clínicas médicas, escolas e institutos técnicos. a Igreja é guiada por um Prefeito apostólico, Wenceslau Padilla, e por 81 missionários de 22 nacionalidades. Os primeiros seminaristas autóctones estão a preparar-se para o sacerdócio, na Coreia do Sul, onde os missionários da Consolata estão presentes há 25 anos