O país continua a lenta marcha em direcção à paz. O presidente usa poderes especiais para forçar a entrada em vigor de mudanças na lei exigidas pelos rebeldes.
O país continua a lenta marcha em direcção à paz. O presidente usa poderes especiais para forçar a entrada em vigor de mudanças na lei exigidas pelos rebeldes. O líder da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo usou um decreto presidencial para introduzir reformas legais que os rebeldes do norte exigiam como parte de um acordo de paz. Gbagbo disse que as mudanças, incluindo as novas leis da nacionalidade e a criação de uma comissão eleitoral independente, vão ter um efeito imediato.
Thabo Mbeki, presidente da África do Sul, que mediou o acordo de paz, escreveu a Gbagbo pedindo-lhe que fizera as reformas. Os rebeldes recusaram desarmar-se até que as reformas entrem em vigor.
a Costa do Marfim está em crise desde que os rebeldes tomaram o norte do país a Setembro 2002. O partido do presidente Gbagbo opõe-se às reformas acordadas no tratado de paz e tem bloqueado as reformas na assembleia Nacional.
Segundo o repórter local da BBC, James Copnall, o uso dos poderes constitucionais extraordinários do presidente para reformar a lei pode agora levar ao desarmamento e à preparação das eleições presidenciais de Outubro.
O presidente já tinha usado este tipo de decreto para dar passo a outras exigências dos rebeldes. Em abril, autorizou a candidatura do líder da oposição alassane Ouattara, que tinha sido impedido a 2000 por os seus pais não serem nacionais. Num país onde 26 porcento dos habitantes são considerados estrangeiros, a nacionalidade é uma questão importante.
Os rebeldes dizem que a constituição discrimina as pessoas do norte do país, maioritariamente muçulmanos, sendo difícil aos descendentes de estrangeiros conseguir a nacionalidade.
O desarmamento deve começar no final deste mês. Há cerca de 10 mil soldados franceses e soldados de paz a patrulhar uma zona neutra que separa os rebeldes do resto do país.