Centenas de pessoas associaram-se à última homenagem prestada ao padre Carlos Pires. Depois da eucaristia fúnebre, acompanharam-no no regresso à casa do Pai tendo sido sepultado no cemitério de Fátima.

Centenas de pessoas associaram-se à última homenagem prestada ao padre Carlos Pires. Depois da eucaristia fúnebre, acompanharam-no no regresso à casa do Pai tendo sido sepultado no cemitério de Fátima.
Centenas de pessoas prestaram a última homenagem ao missionário padre Carlos Pires. O espaço da capela do seminário da Consolata tornou-se pequeno para todos os familiares, amigos, sacerdotes, missionários da Consolata e outros conhecidos que se quiseram associar a este momento de oração e sufrágio pela sua alma.
Mais de seis dezenas de sacerdotes concelebraram com D. João Alves, bispo emérito de Coimbra que presidiu à celebração. Presentes ainda o reitor do Santuário de Fátima, Luciano Guerra, vigário-geral da diocese de Leiria-Fátima, padre Jorge Guarda bem como um responsável italiano. De salientar ainda a presença de um grupo de acólitos, e um outro de guardas do Santuário de Fátima. O padre Carlos, falecido a 8 de Julho, 76 anos, dos quais 42 de sacerdócio dedicava especial atenção e cuidado à animação litúrgica naquele santuário mariano.
Na homilia, D. João Alves lembrou que, na fase final da vida, o padre Carlos “tomou consciência que a sua vida não iria longe, neste mundo”. Lembrança retomada para apelar aos fiéis presentes uma tomada de consciência: “Que descobrí­ssemos o que somos e o que estamos a viver”. Ou seja, a necessidade de repensar a vida segundo o que é importante, essencial e não caduco.
E nisso o padre Carlos foi um dos exemplos da maneira cristã de encarar a morte: “creio na ressurreição e na vida”, palavras repetidas pelos fiéis em diversos momentos.
a vida e obra
Na eucaristia, o padre Carlos Pires foi lembrado, pelo superior da província portuguesa, Norberto Louro, como um jovem que chegou ao seminário dos missionários da Consolata, já depois de ter cumprido o serviço militar e depois de uma experiência como dourador de capelas e altares.
após a ordenação sacerdotal, em Março de 1963, aos 34 anos, assume o lugar de director espiritual do Seminário dos missionários da Consolata, em Fátima. Homem de grande afabilidade e disponibilidade para ouvir os seminaristas, era por eles procurado para obtenção de orientação espiritual e humana bem como para disfrutar da sua companhia.
Foi ainda pároco de Campolide, Lisboa, local onde ficou conhecido pela atenção que prestava às pessoas que a ele recorriam. Durante a sua estadia em Campolide, a residência paroquial acolheu também um pequeno grupo de seminaristas professos que frequentavam Filosofia na Universidade Católica. Por duas vezes foi director do hotel Pax, em Fátima, cargo que desempenhava antes da sua morte. No seu percurso missionário conta-se também o seu serviço como superior da Casa Regional, em Lisboa, e da comunidade do Seminário de Fátima.