O Comité Central do Partido Comunista Chinês emitiu um comunicado onde ordena o reforço da vigilância contra a evangelização cristã nas universidades. E pede às instituições de ensino superior para se protegerem do cristianismo
O Comité Central do Partido Comunista Chinês emitiu um comunicado onde ordena o reforço da vigilância contra a evangelização cristã nas universidades. E pede às instituições de ensino superior para se protegerem do cristianismoOs estrangeiros que promovem a religião cristã nas universidades chinesas são como uma doença, uma conspiração política para dividir e ocidentalizar a China, refere um documento emitido pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês, obtido pela China aid (organização cristã norte-americana), e divulgado no site do jornal The Washington Post.
Com uma linguagem evocativa da Guerra Fria, o documento tem como título Sugestões para resistir bem ao uso da religião por indivíduos estrangeiros para se infiltrarem em institutos de ensino superior e para evitar o evangelismo nos campus universitários. as forças hostis estrangeiras têm dado grande ênfase à utilização da religião para se infiltrarem na China e desencadearem os seus planos conspirativos de ocidentalizar e dividir o país. Consideram os institutos de ensino superior como alvos prioritários para se infiltrarem, usando a religião, em particular o cristianismo, lê-se no comunidado.
as recomendações têm sempre como tema de fundo o aumento da propaganda e a educação sobre a visão marxista da religião e os princípios do partido. Mas há ideias concretas para atacar tanto os sintomas como a causa da doença. Por exemplo, controlar mais a concessão de vistos a estrangeiros que estudam nas universidades chinesas, não deixar entrar quem tenha como principal interesse a evangelização dos chineses, e analisar com atenção o caso de viagens organizadas com motivos turísticos, porque podem ser uma ocasião para pôr uma semente religiosa no pensamento dos jovens chineses.
Por outro lado, é pedido aos responsáveis das universidades que tenham mais atenção à vida espiritual e emocional dos seus alunos. Os conselheiros devem ter conversas longas de coração aberto com os estudantes para conhecer atempadamente o seu estado ideológico, responder a questões que os preocupem, guiar os seus sentimentos, sublinha o documento.