Responsável da ONU pelos direitos humanos lançou um apelo para que o Iraque avance com a abolição da pena de morte. Perante o último relatório, sublinhou-se que a taxa de execuções no país em 2012 «é extremamente perigosa»
Responsável da ONU pelos direitos humanos lançou um apelo para que o Iraque avance com a abolição da pena de morte. Perante o último relatório, sublinhou-se que a taxa de execuções no país em 2012 «é extremamente perigosa» a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, fez este desafio depois de ser divulgado esta quarta-feira o Relatório de Direitos Humanos no Iraque: janeiro a junho de 2012. Gostaria de sublinhar que, de acordo com o direito internacional, a pena de morte é permitida em circunstâncias muito limitadas, incluindo um julgamento e recursos que respeitem escrupulosamente todos os princípios do devido processo legal, insistiu a alta comissária. O número de execuções, até agora, em 2012, e da forma como têm sido realizadas em grandes grupos, é extremamente perigoso, não pode ser justificado e coloca em perigo o progresso parcial e provisório no Estado de direito no Iraque que este relatório descreve, acrescentou Navi Pillay, segundo uma nota de imprensa do gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR, na sigla inglesa) e da Missão de assistência da ONU no Iraque (UNaMI). O Iraque, que mantém a pena de morte para um grande número de crimes, executou 70 pessoas nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com os 67 na totalidade do ano de 2011 e de 18 em 2010, de acordo com o relatório de 46 páginas, produzido pela UNaMI – uma missão política das Nações Unidas, estabelecida pelo Conselho de Segurança em 2003, a convite do Governo do Iraque – em cooperação com o OHCHR.