Sacerdote empenhado no combate ao consumo de droga, em Buenos aires, argentina, foi obrigado a abandonar a capital após ter recebido várias ameaças de morte. Esteve fora três anos e regressou agora para continuar a sua missão
Sacerdote empenhado no combate ao consumo de droga, em Buenos aires, argentina, foi obrigado a abandonar a capital após ter recebido várias ameaças de morte. Esteve fora três anos e regressou agora para continuar a sua missão O sentimento do dever falou mais alto. Mesmo ameaçado de morte, o padre José Maria Di Paola fez questão de regressar à capital argentina, onde tinha iniciado e desenvolvido um ambicioso programa de prevenção e recuperação de toxicodependentes. Trata-se de continuar a acompanhar pessoas com estas dependências e em luta contra este flagelo, que mata tantos inocentes em poucos meses. Sinto-me chamado a este dever na Igreja, justificou o sacerdote numa nota enviada à agência Fides. Di Paola criou a comunidade Hogar de Cristo, na paróquia de Nossa Senhora de Caacupé, no Bairro de Barracas, nos arredores de Buenos aires, para recuperar e reinserir adolescentes e jovens viciados em drogas. Mas a sua batalha não agradou aos traficantes, que o ameaçaram várias vezes de morte, fazendo com que abandonasse o projeto por questões de segurança. Três anos depois, decidiu voltar para continuar a missão não completada. O sacerdote foi uma das vozes da Igreja Católica que se levantou contra a iniciativa legislativa de legalizar as drogas consideradas recreativas – especialmente a marijuana – e a permissão do cultivo. Mas sempre reiterou a sua posição de não criminalizar a toxicodependência. O problema da droga em Buenos aires levou os bispos argentinos a pedirem a intensificação da luta contra o tráfico, na sua mensagem de Natal.