Pedro Casaldáliga e Tomás Balduí­no, dois bispos que se têm distinguido por defenderem os povos indígenas, recebem esta segunda-feira o Prémio Direitos Humanos, em Brasí­lia. Na cerimónia, serão galardoadas também os responsáveis por vários projetos de combate à pobreza e à tortura
Pedro Casaldáliga e Tomás Balduí­no, dois bispos que se têm distinguido por defenderem os povos indígenas, recebem esta segunda-feira o Prémio Direitos Humanos, em Brasí­lia. Na cerimónia, serão galardoadas também os responsáveis por vários projetos de combate à pobreza e à tortura a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República do Brasil distingue esta segunda-feira, 17 de dezembro, várias pessoas e entidades que se destacaram na assistência a pessoas sem-abrigo, na erradicação do trabalho escravo, na luta contra a violência e a tortura e na defesa dos direitos dos povos indígenas. Na lista de premiados, estão os bispos Pedro Casaldáliga e Tomás Balduíno, pela determinação no apoio aos índios. Casaldáliga, de 84 anos, sofre da doença de Parkinson e é conhecido pelo trabalho nas comunidades indígenas de São Félix de araguaia, no estado de Mato Grosso. Recentemente teve que ser retirado de casa e levado para um local desconhecido, depois de receber ameaças de morte por apoiar os índios Xavante, que viram o tribunal reconhecer o direito a permanecerem na sua terra ancestral. a sentença judicial fez aumentar o clima de tensão na região. Tomás Balduíno também foi escolhido para receber o Prémio Direitos Humanos pelo empenho na luta pela defesa dos direitos indígenas. O prelado é um dos fundadores do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e atualmente é bispo emérito de Goiás, onde prossegue o trabalho com os índios. a cerimónia de entrega dos prémios realiza-se no Itamaraty, em Brasília.