O Conselho de Segurança da ONU expressou uma «séria preocupação» com a falta de progressos na restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau. Os militares dominam a cena Política depois de terem deposto o governo
O Conselho de Segurança da ONU expressou uma «séria preocupação» com a falta de progressos na restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau. Os militares dominam a cena Política depois de terem deposto o governo O organismo de 15 membros observou que a estabilização só pode ser alcançada na Guiné-Bissau através de um processo de transição consensual, abrangente e nacional, com base no diálogo genuíno e numa eficaz supervisão civil sobre os militares. Neste contexto, o Conselho de Segurança da ONU expressou uma séria preocupação com a falta de progressos na restauração da ordem constitucional neste país lusófono. a Guiné-Bissau tem um passado recente tumultuoso de sucessivos golpes de Estado.como notam as Nações Unidas, há uma longa instabilidade política e desgoverno, desde que o país obteve a independência de Portugal em 1974. Nos últimos meses, soldados amotinados tomaram o poder num golpe militar, a 12 de abril – poucos dias antes de o país realizar, a 22 de abril, a segunda volta das eleições presidenciais. apesar dos apelos da comunidade internacional para o regresso ao regime civil e à restauração da ordem constitucional, nada se alterou desde então. Os incidentes mais recentes incluem um ataque a uma base militar, em outubro, de contornos pouco claros, e que alegadamente terá resultado em várias mortes entre soldados. Contra a inevitabilidade deste pano de fundo, estão em curso vários esforços diplomáticos de mediação, encabeçados pelo gabinete das Nações Unidas para Construção da Paz Integrada na Guiné-Bissau (UNIOGBIS, na sigla original) e da União africana, destinados a relançar o diálogo entre os vários atores políticos do país.