apesar da crise económica, os cidadãos europeus querem continuar a apoiar a população dos países em desenvolvimento, conclui um estudo da Comissão Europeia que mede e analisa as tendências da opinião pública em todos os Estados-Membros
apesar da crise económica, os cidadãos europeus querem continuar a apoiar a população dos países em desenvolvimento, conclui um estudo da Comissão Europeia que mede e analisa as tendências da opinião pública em todos os Estados-MembrosO inquérito Eurobarómetro 2012 revela que os europeus continuam solidários. Um total de 85 por cento (88 por cento em 2011) dos cidadãos da União Europeia (UE) considera que, apesar da crise económica atual, a Europa deve manter a ajuda aos países em desenvolvimento. O inquérito revelou que a maioria dos cidadãos europeus (61 por cento) é favorável ao aumento do auxílio concedido pela UE para ajudar as pessoas a sair da pobreza, nomeadamente nos países mais frágeis, onde os conflitos ou catástrofes naturais prejudicam a população local. De acordo com os dados avançados pela Comissão Europeia, a crise económica não afetou a solidariedade para com as populações mais carenciadas. Só em Portugal – com menos 10 pontos percentuais – é que o declínio foi mais acentuado, com apenas 12 por cento dos portugueses a afirmarem que estão dispostos a gastar mais. Contudo, andris Piebalgs, comissário responsável pela área do Desenvolvimento, afirmou que é encorajador constatar que a solidariedade permanece um valor profundamente enraizado na maioria dos europeus apesar de a sua situação económica se ter agravado. as pessoas enviaram uma mensagem clara aos seus dirigentes: as poupanças não devem ser efetuadas à custa das pessoas mais pobres do planeta. Os cidadãos pedem, por outro lado, maiores garantias de que a ajuda beneficia efetivamente os mais pobres e produz resultados concretos, referiu Piebalgs. O inquérito revelou ainda que 53 por cento dos inquiridos considera a corrupção o principal obstáculo ao desenvolvimento nos países pobres e que 44 por cento dos cidadãos estariam dispostos a gastar mais dinheiro em produtos que promovem o desenvolvimento (nomeadamente, os produtos do comércio justo). O estudo pela TNS Opinion & Social, entre 2 e 17 de junho de 2012. Foram entrevistados 26 622 cidadãos europeus com mais de 15 anos, através de entrevistas pessoais efetuadas no domicílio.