O caso de um homem detido numa prisão de segurança máxima há 12 anos, sem ter sido condenado ou ouvido em tribunal, foi um dos exemplos das graves lacunas na justiça moçambicana detetados pela amnistia Internacional
O caso de um homem detido numa prisão de segurança máxima há 12 anos, sem ter sido condenado ou ouvido em tribunal, foi um dos exemplos das graves lacunas na justiça moçambicana detetados pela amnistia Internacional após várias missões de investigação em Moçambique, a aministia Internacional (aI) documentou graves lacunas no sistema judicial do país. Foram identificadas situações de detenções e prisões arbitrárias, reclusões temporárias sem acusação ou julgamento, e diversos casos de uso excessivo da força por parte das autoridades policiais. a impunidade e a ausência de responsabilização da polícia contribuem para perpetuar a violação de direitos humanos, segundo os responsáveis da aI, que apontam as pessoas com maiores dificuldades económicas como as mais vulneráveis a este tipo de abusos, por não terem conhecimento dos seus direitos nem acesso à justiça. Na sequência desta investigação, a aI encontrou um homem que estava detido numa prisão de alta segurança, há 12 anos, sem ter sido condenado por um crime ou interrogado por uma entidade judicial.