as prisões não são só para punir, são também para reeducar. Disse-o Bento XVI esta quinta-feira, 22, aos participantes da 17° Conferência dos Diretores das administrações Penitenciárias do Conselho da Europa, no Vaticano
as prisões não são só para punir, são também para reeducar. Disse-o Bento XVI esta quinta-feira, 22, aos participantes da 17° Conferência dos Diretores das administrações Penitenciárias do Conselho da Europa, no Vaticano a audiência aos 200 participantes desta Conferência internacional foi ocasião para o Santo Padre falar sobre a importância das prisões na reeducação da pessoa em vista da sua reintegração na sociedade: É preciso empenhar-se, de maneira concreta e não somente como afirmação de princípio, numa efetiva reeducação da pessoa, necessária seja em função de sua própria dignidade, seja em vista de uma reinserção social.
Os presos podem perder facilmente o sentido da vida e o valor da dignidade pessoal, cedendo ao desalento e ao desespero, referiu Bento XVI. Daí a necessidade de criar condições na prisão para que os direitos dos presos sejam salvaguardados.
Os responsáveis das penitenciárias, na opinião do Papa, devem evitar que a detenção se converta num castigo não educativo, que acentuaria a tendência para o delito, sobretudo nesta época em que as diferenças económicas e sociais e o individualismo crescente alimentam as raízes da delinquência.
Tendo em conta que cada vez mais as prisões albergam detidos estrangeiros, com situações muito complicadas é ainda mais urgente o profundo respeito pelo indivíduo, a tarefa de reabilitação dos presos e a criação de uma verdadeira comunidade educativa

Bento XVI destacou ainda a importância da promoção de atividades de evangelização e de assistência espiritual nas prisões, que despertem neles o entusiasmo pela vida e o desejo de beleza que caracterizam quem tem gravado em si, de forma indelével, a imagem de Deus.