Relatório feito por religiosa conclui que na década de 80 do século passado os traficantes asiáticos reduziram à escravidão mais mulheres e crianças, do que todos os escravos africanos nos 400 anos de tráfico de negros
Relatório feito por religiosa conclui que na década de 80 do século passado os traficantes asiáticos reduziram à escravidão mais mulheres e crianças, do que todos os escravos africanos nos 400 anos de tráfico de negros É uma epidemia silenciosa e em crescimento, afirmou Maggi Kennedy, religiosa da congregação Soeurs Missionnaires de Notre-Dame d’afrique, na apresentação de um relatório sobre tráfico de seres humanos, em Roma, Itália. O estudo revela que só na década de 80 do último século foram reduzidas ao estado de escravidão por traficantes asiáticos mais mulheres e crianças, do que todos os escravos africanos nos 400 anos de história do tráfico de negros. O Quénia, onde trabalho, é uma fonte, um lugar de trânsito e de destino do tráfico de seres humanos. a situação é terrível, denunciou a religiosa. além da exploração sexual, os seres humanos são traficados e vendidos com objetivos ainda mais sinistros. as jovens são violadas como uma ‘terapia’ contra a Sida ou obrigadas a engravidar para vender o bebé à melhor oferta. Existem ainda crianças-soldado, que ficam traumatizadas e marcadas por toda a vida. E a lista não para aí, adiantou. as declarações de Maggi, segundo a agência Fides, foram proferidas na inauguração de uma exposição de fotografia que recorda a campanha anti-escravidão lançada em 1888 pelo cardeal Charles Martial allemand Lavigerie, fundador dos Missionários da África. Na sessão, a religiosa recordou o compromisso da Igreja, e em especial, dos institutos missionários, para combater este crime, propondo a criação de redes de informação que unam as dioceses de África e do mundo na sensibilização deste problema.