O aumento da insegurança, causado pelo crescente número de homicídios, levou os sacerdotes das igrejas da periferia da cidade de São Paulo, no Brasil, a cancelarem as celebrações religiosas à noite
O aumento da insegurança, causado pelo crescente número de homicídios, levou os sacerdotes das igrejas da periferia da cidade de São Paulo, no Brasil, a cancelarem as celebrações religiosas à noite a violência no estado de São Paulo atingiu níveis de tal forma assustadores que a periferia da cidade, uma das maiores do mundo, vive uma espécie de recolher obrigatório voluntário. as escolas reduziram o horário das aulas, muitas linhas de autocarros alteraram o trajeto e os estabelecimentos comercias estão a encerrar mais cedo. até os sacerdotes das igrejas católicas se viram obrigados a cancelar as missas e os encontros noturnos. Mesmo que não tenha sido declarado o toque a recolher, a população comporta-se como se ele já existisse. E o arcebispo metropolita, cardeal Odilo Pedro Scherer, lançou um pedido aos meios de comunicação para que difundissem um convite à oração pela paz. Segundo a agência Fides, só nos últimos dois fins de semana, morreram 46 pessoas em tiroteios ou situações de violência. Muitas das vítimas eram agentes da autoridade. a polícia suspeita que alguns destes crimes têm como autores elementos do grupo Primeiro Comando da Capital, uma organização criada em 1993 por reclusos da prisão de alta segurança de Taubaté, perto de São Paulo, que atua dentro e fora das prisões estaduais e controla o mercado do tráfico de droga. Desde o início do ano, pelo menos 90 polícias foram mortos em São Paulo pela criminalidade organizada, provavelmente como forma de represália pelas recentes detenções dos líderes de vários clãs. a presidente brasileira, Dilma Rousseff, convidou o governador do estado, Geraldo alckmin, a elaborar um plano conjunto para combater o crime.