Os menores, com menos de 10 anos, recolhiam madeira num depósito de lixo em Santarém, no Pará (Brasil), e produziam carvão para vender. O processo era feito numa zona perigosa e altamente tóxica
Os menores, com menos de 10 anos, recolhiam madeira num depósito de lixo em Santarém, no Pará (Brasil), e produziam carvão para vender. O processo era feito numa zona perigosa e altamente tóxica Várias crianças e adolescentes foram apanhadas pelas autoridades brasileiras a recolher madeira para produzir carvão, numa lixeira sem o mínimo de condições de segurança e salubridade, no município de Santarém, no Pará.com os pés protegidos apenas com chinelos, os menores recolhiam troncos e ripas com farpas e pregos enferrujados e amontoavam-nos no centro da lixeira, para incineração. a queima era feita numa zona com alta concentração de metano, gás inflamável resultante da decomposição do lixo. Foram encontradas crianças com menos de dez anos de idade produzindo carvão de maneira primitiva. Não estamos a falar daquelas casinhas tipo iglu, mas de carvão fabricado no chão. Este carvão era produzido dentro de uma lixeira onde há decomposição de resíduos orgânicos, o que é uma agravante. Há risco altíssimo de explosão, explicou o procurador allan Bruno, do Ministério Público do Trabalho de Santarém, ao portal Repórter Brasil. as crianças identificadas pertencem a famílias que sobrevivem do aproveitamento de materiais depositados no depósito de resíduos. De acordo com as autoridades, o carvão artesanal era vendido diretamente aos consumidores, sem intermediários. Vivemos no Brasil um momento em que estamos eufóricos com os índices económicos, mas é preciso refletir se esses índices vão se sustentar com esse tipo de condições a que crianças e adolescentes são submetidos, alertou Mary Garcia Castro, especialista em Família na Sociedade Contemporânea e Políticas Sociais.