O assassinato de agricultores colombianos por grupos de paramilitares está a preocupar os responsáveis das Nações Unidas para os direitos humanos. O massacre terá sido usado para mandar uma mensagem ao patrão das vítimas
O assassinato de agricultores colombianos por grupos de paramilitares está a preocupar os responsáveis das Nações Unidas para os direitos humanos. O massacre terá sido usado para mandar uma mensagem ao patrão das vítimas assassinar agricultores para enviar uma mensagem a terceiros constitui um grave perigo para os direitos humanos e para o futuro do país, afirmou o representante na Colômbia do alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, numa reação ao massacre de dez cultivadores, mortos numa fazenda do município de Santa Rosa de Osos, após uma jornada de trabalho na apanha de tomate. O crime é atribuído a um dos mais temidos grupos de neo-paramilitares, conhecido como Los Ratrojos, e recorda os homicídios cometidos durante duas décadas pelos esquadrões da morte das autodefesas Unidas da Colômbia, dissolvidos em 2006. Segundo Todd Howland, citado pela agência Misna, os dados disponíveis indicam que os assassinos quiseram castigar o patrão das vítimas, que se terá insurgido contra uma tentativa de extorsão. Se todos têm a obrigação de respeitar os direitos humanos, o estado tem uma obrigação maior, porque não só é o primeiro a dever respeitá-los, como também deve garanti-los e protegê-los, afirmou o representante da ONU, pedindo ao governo colombiano que use todos os mecanismos à sua disposição para evitar que se repita um massacre deste tipo.