Deve encontrar-se uma maior resposta para enfrentar as «monumentais» necessidades humanitárias hoje experimentadas no leste do país, onde mais de dois milhões de pessoas foram deslocadas pelos combates, desafiou responsável da ONU
Deve encontrar-se uma maior resposta para enfrentar as «monumentais» necessidades humanitárias hoje experimentadas no leste do país, onde mais de dois milhões de pessoas foram deslocadas pelos combates, desafiou responsável da ONU O facto de que agora há 2,4 milhões de deslocados [pessoas deslocadas internamente] na República Democrática do Congo, incluindo mais de 1,6 milhões nas províncias de Kivu, é uma ilustração muito sombria da situação humanitária de extrema gravidade que o país enfrenta, afirmou o diretor de Operações do gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de assuntos Humanitários (OCHa), John Ging. Este responsável, que passou uma semana no final de outubro, nas províncias orientais de Kivu do Norte e do Sul para avaliar a situação, observou que a ONU e os seus parceiros lançaram um apelo de 791 milhões de dólares (616 milhões de euros) para prestar assistência que salve vidas na RDC, só para este ano, e que até agora só recebeu 429 milhões de dólares (334 milhões de euros). É urgente e extremamente necessário mais financiamento, sublinhou. as províncias de Kivu verificaram um recrudescimento nos combates desde o início deste ano entre as tropas do governo – com o apoio das forças de paz da Missão de Estabilização da ONU na RDC (MONUSCO) – e do Movimento 23 de março (M23), um grupo de soldados desertores das forças armadas congolesas, que se amotinou em abril. além de provocarem uma grande deslocação interna, os confrontos também levaram muitas pessoas a fugirem para os países vizinhos do Ruanda e do Uganda.