Inspetora das Nações Unidas efetuava uma investigação sobre a situação dos direitos humanos no país, mas a sua atuação foi considerada «antiética» pelo governo, que ordenou a expulsão
Inspetora das Nações Unidas efetuava uma investigação sobre a situação dos direitos humanos no país, mas a sua atuação foi considerada «antiética» pelo governo, que ordenou a expulsão O Sudão do Sul decidiu expulsar uma funcionária da ONU que investigava a situação dos direitos humanos no país, por considerar que elaborava relatórios sem confirmar as informações. É a primeira a ser declarada persona non grata na área dos direitos humanos. Produziu relatórios sobre temas que não pôde confirmar e publicou-os sem justificação, explicou o porta-voz do governo, Barnaba Marial Benjamim. Fontes da ONU, citadas pelas agências internacionais, disseram que a decisão pode estar relacionada com um relatório publicado em agosto, no qual a inspetora acusava o exército de torturar, violentar, sequestrar e matar civis. Para os responsáveis das Nações Unidas, a ordem de expulsão viola as obrigações legais do governo da República do Sudão do Sul. Controlar, investigar e prestar contas sobre a situação dos direitos humanos faz parte dos elementos básicos do mandato da Unmiss [Missão de Manutenção da Paz] que devem ser protegidos, sublinhou Hilde Johnson, relator especial da ONU. O Sudão do Sul declarou independência em julho de 2011.