Organização de defesa dos direitos humanos apela às autoridades brasileiras que suspendam a ordem de despejo da comunidade indígena Guarani-Kaiowá e garantam a segurança dos elementos da tribo
Organização de defesa dos direitos humanos apela às autoridades brasileiras que suspendam a ordem de despejo da comunidade indígena Guarani-Kaiowá e garantam a segurança dos elementos da tribo Vítima de graves violações de direitos humanos nos últimos anos, a tribo Guarani-Kaiowá corre o risco de ser desalojada das suas terras em Mato Grosso, no Brasil. Para evitar a expulsão, a aministia Internacional (aI) está a promover uma petição, apelando às autoridades brasileiras que suspendam de imediato a ordem de despejo, decretada por um tribunal federal regional. Segundo a aI, a comunidade foi atacada, em 2011, por um grupo de homens armados, que incendiaram as suas casas e todos os bens. No ataque foi assassinado o líder indígena Nísio Gomes e três crianças foram raptadas. a comunidade ocupou então dois hectares de floresta nas margens do rio Hovey (a sua terra ancestral) e desde aí tem sido alvo da fúria dos agricultores. Em setembro, o tribunal aprovou uma ordem despejo, apresentada pelos fazendeiros. a decisão foi contestada pelo Ministério Público Federal, por o juiz não ter tido em consideração que aquelas terras têm sido tradicionalmente ocupadas pela comunidade. Numa carta enviada ao governo do Brasil, os indígenas manifestaram-se dispostos a morrer pela defesa do seu território. Para evitar mais derramamento de sangue, a aI pede o apoio da comunidade internacional, na proteção desta tribo.