Militares do exército abriram fogo contra indígenas que protestavam contra a proposta de reforma constitucional, na Guatemala. Bispo condena ataque e apela ao governo que responda às exigências com diálogo
Militares do exército abriram fogo contra indígenas que protestavam contra a proposta de reforma constitucional, na Guatemala. Bispo condena ataque e apela ao governo que responda às exigências com diálogo O bispo da diocese de Huehuetenango, alvaro Ramazzini Imeri, pediu ao governo da Guatemala que responda às exigências da população de Totonicapán através do diálogo e não com a repressão, depois do exército ter dispersado uma manifestação de indígenas com disparos de armas de fogo. Numa nota citada pela agência Fides, o prelado apelou aos representantes do poder legislativo, executivo e judicário, que ouçam mais a população. a tomada de posição do bispo surge na sequência dos ataques feitos pelo exército aos índios de 48 aldeias da região de Totonicapán, que se manifestaram no início do mês de outubro contra o alto preço da energia elétrica e a proposta de reforma constitucional apresentada pelo governo. Os manifestantes bloquearam várias estradas e os militares abriram fogo sobre eles, por motivos ainda desconhecidos. Em relação à lei de desenvolvimento rural, que não faz parte da proposta governativa, Ramazzini Imeri afirmou: É como apertar ainda mais a ferida e o sofrimento dos irmãos camponeses. na missiva, o bispo convidou os membros do executivo a mudarem de mentalidade e a zelarem mais pelos interesses legítimos do povo da Guatemala.