Com mais de 30 anos de trabalho em favor dos povos indígenas do estado de Roraima, no Brasil, o Conselho indígena de Roraima (CIR) foi distinguido com o Prémio Bartolomeu de Las Casas
Com mais de 30 anos de trabalho em favor dos povos indígenas do estado de Roraima, no Brasil, o Conselho indígena de Roraima (CIR) foi distinguido com o Prémio Bartolomeu de Las Casas a escolha do júri foi unânime. Este ano, o Prémio Bartolomeu de Las Casas, concedido pelo ministério dos assuntos Exteriores espanhol e pela Casa da américa, foi atribuído ao Conselho Indígena de Roraima (CIR), pelos mais de 30 anos de trabalho na defesa dos povos indígenas no norte do Brasil. O galardão foi entregue este fim de semana ao coordenador da associação, Mário Nicácio Wapichana, pelo príncipe das astúrias. Segundo o representante do CIR, o prémio pode dar mais visibilidade à luta dos povos indígenas para a conquista dos seus direitos e servir de exemplo para outros povos. Podemos ser um exemplo para outros povos indígenas, não só no Brasil, mas em toda a américa Latina, disse Mário Wapichana, em entrevista à agencia EFE, depois de receber o galardão e a compensação monetária de 50 mil euros. a associação de apoio aos povos indígenas do estado de Roraima foi distinguida pelo trabalho desenvolvido nas áreas da saúde e educação, utilizando como ferramentas o associativismo e a auto-gestão, justificaram os jurados. Também foram reconhecidos os esforços para envolver os organismos estatais na prosperidade dos povos indígenas do Brasil. O CIR representa 10 povos indígenas, com uma população estimada de 20 mil pessoas, e desempenha um papel fundamental na defesa dos direitos dos índios, a nível nacional e internacional. Dos projetos desenvolvidos, destacam-se a formação de membros das comunidades indígenas como agentes de saúde e a criação da escola de Surumu. O Prémio Bartolomeu de Las Casas foi instituido em 1991, com o propósito de reconhecer o trabalho na proteção dos direitos e valores indígenas.