Celebra-se neste penúltimo domingo de outubro o Dia Missionário Mundial. Recorda-nos Bento XVI na sua mensagem para este dia que a celebração deste ano se reveste de um significado muito particular
Celebra-se neste penúltimo domingo de outubro o Dia Missionário Mundial. Recorda-nos Bento XVI na sua mensagem para este dia que a celebração deste ano se reveste de um significado muito particular a ocorrência do cinquentenário do início do Concílio Vaticano II, a abertura do ano da Fé e a realização do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização para a transmissão da fé são os três grandes eventos que concorrem para reafirmar a vontade da Igreja se empenhar, com maior coragem e ardor, na missio ad gentes’, para que o Evangelho chegue até aos últimos confins da terra. acrescenta o Santo Padre a este propósito que a fé em Deus é, antes de mais, um dom e um mistério que se há de acolher no coração e na vida e pelo qual se deve agradecer sempre ao Senhor. Mas é um dom que nos foi concedido para ser partilhado; é um talento recebido para que dê fruto; é uma luz que não deve ficar escondida, mas iluminar toda a casa. É o dom mais importante que recebemos na nossa vida e que não podemos guardar para nós mesmos. a Igreja, como instrumento de salvação, nasceu para evangelizar. O ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho ecoa sempre na Igreja como o mandato mais importante do Mestre aos seus discípulos. Já o beato João Paulo II dizia, ao falar da urgência da evangelização missionária que ela constitui o primeiro serviço que a Igreja pode prestar ao homem e à humanidade inteira, no mundo de hoje, que, apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e da sua própria existência. É por isso que a proclamação da Boa Nova a todos os povos e em todas as culturas continua a ser o melhor serviço que a Igreja pode prestar às pessoas, afirmam os bispos portugueses na sua carta sobre o rosto missionário da Igreja em Portugal. É fundamental que a Igreja particular, obediente à ordem do Senhor ressuscitado, não se feche em si mesma, mas, como parte viva da Igreja Universal, se abra às necessidades das outras Igrejas. a sua participação na missão evangelizadora universal deve considerar-se como uma lei primordial de vida; diminuiria a sua energia vital se, concentrando-se unicamente sobre os próprios problemas, se fechasse às necessidades das outras Igrejas. a Igreja só o é verdadeiramente se for missionária. Traz no sangue essa marca que lhe foi impressa pelo próprio Jesus. E o missionário, à imagem de Jesus, é o irmão universal’, que leva consigo o espírito da Igreja, a sua abertura e amizade por todos os povos e por todos os homens, particularmente pelos mais pequenos e pobres.como tal, supera as fronteiras e as divisões de raça, casta, ou ideologia: é sinal do amor de Deus no mundo, que é um amor, sem qualquer exclusão nem preferência (RM,89). ao longo do mês de outubro temos vindo a exemplificar no nosso site precisamente a variadíssima ação destes obreiros do Evangelho no seio das várias comunidades humanas e eclesiais. São experiências e histórias concretas de pessoas que receberam o apoio do missionário, esse irmão universal que procura abraçar todas as culturas semeando o bem por toda a parte. aconselhamos vivamente a visitar essas narrativas como um bom contributo para alimentar o espírito da missão.