Cada vez há mais pedidos de ajuda em serviços como hospitais e universidades. Responsáveis pela ação social temem que o reforço anunciado pelo governo para o próximo ano fique aquém das reais necessidades
Cada vez há mais pedidos de ajuda em serviços como hospitais e universidades. Responsáveis pela ação social temem que o reforço anunciado pelo governo para o próximo ano fique aquém das reais necessidades Os assistentes sociais que estão na linha da frente estão sobrecarregados. assistem diariamente a inúmeros casos de quem está a passar por muito sofrimento. as informações que nos chegam de todo o país chamam a atenção para uma realidade que parecia impensável há tão pouco tempo, afirmou esta terça-feira, 16 de outubro, a presidente da associação dos Profissionais de Serviço Social (aPSS), Fernanda Rodrigues, em reação à proposta de Orçamento de Estado para 2013 para a ação social. O governo anunciou um reforço de 17 milhões de euros, mas este aumento pode não ser suficiente, tendo em conta a situação atual do país. De acordo com Fernanda Rodrigues, citada pela agência Lusa, só se conseguirá perceber se o orçamento para a ação social será suficiente quando se conhecer o universo de pessoas abrangido pelos serviços. O que se sabe, neste momento, é que os assistentes sociais recebem cada vez mais pedidos de ajuda, sobretudo nos hospitais e nas universidades. Nos serviços de saúde, (os técnicos) estão preocupados com os inúmeros casos de pessoas que não conseguem garantir transporte ou comprar medicamentos. Os assistentes sociais reportam situações gravosas daquilo que parecia não ter rosto, que são os números da pobreza, mas que nestes serviços têm. É um problema generalizado, adiantou a responsável. Para a presidente da aPSS, a situação também é preocupante em muitas instituições sociais que estão a ficar empobrecidas e sem capacidade para dar resposta. a dirigente considera que o preço das não políticas sociais é muito mais elevado do que o preço das políticas sociais e questiona-se como conseguem sobreviver as cerca de 300 mil pessoas que têm rendimento zero.