Depois de um período de convalescença forçada, o Irmão Francisco Torta regressou à diocese de Inhambane, Moçambique. a população recebeu-o com grande alegria e reconhecimento pelo trabalho realizado
Depois de um período de convalescença forçada, o Irmão Francisco Torta regressou à diocese de Inhambane, Moçambique. a população recebeu-o com grande alegria e reconhecimento pelo trabalho realizado Regressou há dias à missão do Guiúa, diocese de Inhambane, o Irmão Francisco Torta. Missionário da Consolata há mais de 50 anos, o irmão Francisco conta com um longo itinerário missionário. Trabalhou 15 anos em Itália, sua terra natal, na animação missionária, ajudando à divulgação das obras missionárias da Consolata, espalhadas por África, américa do Sul e Ásia. Viveu quase 30 anos no Brasil onde ajudou a liderar o projeto Uma Vaca para o Índio, para que os índios no Roraima conseguissem manter a posse das suas terras. Dedicou-se também à vacinação do gado que era entregue aos índios, ao encanamento das águas que vinham das serras de modo a abastecer as comunidades e à construção de diversas estruturas. Colaborou na escola para os índios, que preparava professores, enfermeiros, catequistas e dava formação agrícola. Em 2003 regressou a Itália mas o chamamento da missão ad gentes foi mais forte e pediu para regressar às missões. Em 2008, pisou pela primeira vez a terra moçambicana e aqui, mais uma vez, dedicou-se ao trabalho de corpo e alma. após uma breve experiência na missão de Mambone, foi destinado à missão do Guiúa. aqui trabalhou sempre com vigorosa dedicação e com a sua simpatia foi semeando amigos e descobrindo sempre mais um a quem ajudar. O coração do irmão Francisco nunca foi pequeno para acolher todos os que sentia precisarem do seu apoio e os seus braços nunca perderam a força nem a vontade para todos os trabalhos. Em 2011, porém, acometido de malária cerebral, foi obrigado a parar. a perturbação de vários orgãos vitais do seu organismo obrigaram ao descanso forçado deste velho guerreiro de paz. Para se restabelecer, regressou a Itália onde, lentamente, recuperou a saúde física. Há medida que se ia restabelecendo, renascia nele a vontade de regressar às missões, de regressar a Moçambique e de regressar ao Guiúa. alimentado por esse fogo missionário, nunca perdeu a esperança, mesmo quando já todos davam como certa a impossibilidade do seu regresso. Um dia, comunicou para o Guiúa, Vou chegar em outubro! e a alegria e entusiasmo da sua voz pareciam já ter galgado a distância entre os dois continentes, como se só de o dizer concretizasse a chegada. a 4 de outubro, após quase 24 horas de viagem área entre Milão e Maputo e viagem de carro entre Maputo e Guiúa, regressou ao Guiúa, esfuziante, cheio de vida e de alegria. abraçou todos com o laço indissolúvel da amizade que não se esquece e no mesmo instante foi como se nunca tivesse saído de cá.
No dia seguinte, percorreu toda a missão. Imediatamente, como sempre, recomeçou a trabalhar e ainda não parou. a comunidade cristã do Guiúa ficou duplamente feliz, ao participar na primeira missa do padre Francisco Pedro, recentemente ordenado, e revia o Irmão Torta, no dia em que ele celebrava os seus 50 anos de consagração missionária. alegria de viver e espírito de serviço fazem do Irmão Francisco Torta um exemplo vivo do que é ser missionário e um estímulo para quantos o conhecem.