Mais lugares vazios nos parques de estacionamento do Santuário de Fátima e menos pessoas em relação a igual período do ano passado, é a noção de grande parte dos peregrinos, ao início desta tarde 12 de outubro
Mais lugares vazios nos parques de estacionamento do Santuário de Fátima e menos pessoas em relação a igual período do ano passado, é a noção de grande parte dos peregrinos, ao início desta tarde 12 de outubroMenos pessoas, menos caravanas e auto-caravanas, menos carros, mais lugares vazios nos parques de estacionamento, e casas de banho pouco movimentadas, em relação a igual período do ano passado, são as perceções dos campistas instalados nos parques do santuário, e dos peregrinos com quem a Fátima Missionária falou, ao final da manhã e início da tarde desta sexta-feira, 12 de outubro.

Os parques não estão fechados refere Natália Borges, 62 anos, explicando que em anos anteriores era habitual não conseguirem entrar, porque todos os lugares estavam preenchidos. as medidas de austeridade aplicadas fazem com que as pessoas não tenham dinheiro para vir, acredita. Para o marido, José Borges, também de 62 anos, os parques ainda têm capacidade para receber muitos mais peregrinos. Há pessoas que perderam a fé, e, por isso, há muito menos gente, lamenta o reformado.

À semelhança do casal Borges, de Viseu, que se deslocou a Fátima na sua auto-caravana, também o casal Ferreira, de Matosinhos, está instalado nos parques do santuário. as casas de banho estão vazias e costumam estar lotadas, disse Maria Ferreira, 53 anos, estabelecendo uma comparação em relação à última peregrinação de outubro. Para a peregrina de Matosinhos, há menos fiéis porque as pessoas não tiram uns dias com medo de perder o trabalho. aludindo aos campistas presentes, Maria Ferreira refere que são só reformados.

a minha auto-caravana é aquela que está com a porta aberta, apontou Carolina Moreira, 64 anos, de amarante, enquanto lavava um utensílio doméstico. Em Fátima com o marido, o casal comprou o veículo a pensar nas deslocações que fazem à Cova da Iria. Esta é a segunda vez que a usamos, explica a doméstica, acrescentado que com aquele transporte se poupa mais, não precisando de ficar alojados em pensões ou residenciais. Carolina Moreira considera que estão poucas pessoas em Fátima, mas, acrescenta, até à noite deve vir muita gente.

Para um funcionário do santuário, a crise económica e financeira vivida no país não tem influência no número de peregrinos que visitam Fátima ao longo destes dias, uma vez que as pessoas recorrem a este espaço porque têm fé, acredita. além disso, o funcionário considera que o bom tempo beneficia e pode atrair ainda mais pessoas à Cova da Iria.