O número de pessoas deslocadas internamente continua a aumentar neste estado birmanês, quatro meses depois de aí­ ter começado violência entre comunidades étnicas budistas e muçulmanas
O número de pessoas deslocadas internamente continua a aumentar neste estado birmanês, quatro meses depois de aí­ ter começado violência entre comunidades étnicas budistas e muçulmanas a agência de refugiados da ONU explicou que cerca de 75 mil pessoas vivem atualmente em campos e muitas destas pessoas têm necessidade de assistência humanitária.
O movimento é ainda restringido em algumas partes do estado de Rakhine, impedindo aldeões de irem trabalhar ou aceder aos mercados ou às fontes de alimentos, serviços de saúde e educação, sublinhou o porta-voz do gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), adrian Edwards. Desesperadas, as pessoas estão a deixar as aldeias para procurar assistência alimentar e médica em campos de deslocados.
Em junho, a violência étnica entre budistas Rakhine e muçulmanos Rohingya no Estado de Rakhine, localizada no oeste de Mianmar (Birmânia), levou o governo do país a declarar o estado de emergência no território.
O número de 75 mil pessoas que necessitam de ajuda humanitária é dado pelas autoridades locais, e representa um aumento face às estimativas iniciais de cerca de 50 mil pessoas deslocadas, avançadas pelo Governo, pouco depois da violência ter eclodido no início de junho, segundo o aCNUR.

O ressurgimento da violência no início de agosto, e que ainda se mantém na região, provocou mais de quatro mil deslocados, quando estas pessoas viram as suas casas queimadas – afetando milhares no total.