Em peregrinação a Loreto, o Santo Padre confia à Santíssima Mãe de Deus este especial tempo de graça para a Igreja, que se abre diante de nós, e «todas as dificuldades em que vive o nosso mundo na busca de serenidade e de paz»
Em peregrinação a Loreto, o Santo Padre confia à Santíssima Mãe de Deus este especial tempo de graça para a Igreja, que se abre diante de nós, e «todas as dificuldades em que vive o nosso mundo na busca de serenidade e de paz»após uma viagem em helicóptero, Bento XVI chegou esta quinta-feira de manhã, 4 de outubro, ao famoso santuário de Loreto, onde celebrou a Eucaristia. O regresso está previsto para o fim da tarde. É a oitava visita de um papa a este santuário nos últimos 50 anos. Falando a mais de 10 mil pessoas, o Santo Padre recordou que foi precisamente no dia 4 de Outubro de 1962, portanto há 50 anos, que o Beato João XXIII foi em peregrinação a Loreto para confiar à Virgem Maria o Concílio Ecuménico Vaticano II, que seria inaugurado uma semana depois.
Bento XVI, à distância de 50 anos, quis comemorar esse evento indo também em peregrinação a Loreto para confiar à Mãe de Deus duas importantes iniciativas eclesiais: o ano da Fé, que terá início daqui a uma semana, no dia 11 de outubro, no quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, e a assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada igualmente para o mês de outubro, com o tema a Nova Evangelização para a transmissão da Fé Cristã.
É em Loreto, disse o Papa, que temos a oportunidade de nos colocarmos na escola de Maria, proclamada Bem-aventurada’ porque acreditou’. E referindo-se à importância do santuário, Bento XVI continuou: Este santuário, construído ao redor da sua casa terrena, guarda a memória do momento no qual o anjo do Senhor veio a Maria com o grande anúncio da Encarnação, e ela deu a sua resposta. Esta humilde habitação é um testemunho concreto e tangível do maior acontecimento da nossa história: a Encarnação; o Verbo se fez carne, e Maria, a serva do Senhor, é o canal privilegiado através do qual Deus habitou entre nós. Maria ofereceu a sua carne, colocou-se inteiramente à disposição da vontade de Deus, tornando-se lugar’ de sua presença, lugar’ no qual habita o Filho de Deus. Consciente da difícil situação do nosso tempo, o Santo Padre concluiu: Quero confiar à Santíssima Mãe de Deus, todas as dificuldades que vive o nosso mundo na busca de serenidade e de paz; os problemas de tantas famílias que olham para o futuro com preocupação, os desejos dos jovens que se abrem à vida, os sofrimentos dos que esperam gestos e escolhas de solidariedade e de amor. Quero confiar à Mãe de Deus também este especial tempo de graça para a Igreja, que se abre diante de nós. Vós, Mãe do sim’, que escutastes Jesus, falai-nos d’Ele, contai-nos sobre vossa estrada para O seguirmos no caminho da fé, ajudai-nos a anunciá-lo para que cada homem possa acolhê-lo e tornar-se morada de Deus. Ámen!