Especulação financeira é apontada como «um dos principais indutores do aumento dos níveis dos preços» dos alimentos «e da sua volatilidade», de acordo com a Oikos, em carta dirigida aos deputados portugueses no Parlamento Europeu
Especulação financeira é apontada como «um dos principais indutores do aumento dos níveis dos preços» dos alimentos «e da sua volatilidade», de acordo com a Oikos, em carta dirigida aos deputados portugueses no Parlamento Europeu a Oikos – Cooperação e Desenvolvimento aproveita esta iniciativa para divulgar uma petição alargada a todos os cidadãos que defende o fim da especulação alimentar’ no mercado europeu, disponível no site da organização. No texto que acompanha o anúncio destas iniciativas, a Oikos recorda o momento em que a Europa discute a revisão atual da diretiva Markets in Financial Instruments (MiFID), num quadro em que, segundo esta organização não governamental, não se pode ignorar a recente tomada de posição das agências da ONU para a área – FaO, FID a e PaM – em que estas instituições [avisavam] que o recente aumento no preço de alimentos essenciais como o milho, o trigo e a soja pode conduzir a uma nova crise alimentar que será uma réplica da crise de 2007/08 e da de 2011. Como nota a Oikos, os picos de preços dos alimentos e de outras mercadorias fungíveis essenciais afetam sobretudo os consumidores mais pobres. Para logo recordar que como resultado do pico dos preços de alimentos de 2007/08, cerca de 100 milhões de pessoas foram conduzidas à situação de fome. Hoje, a situação tem idênticos paralelismos. E perigosos: Muitos dos produtores e dos utilizadores finais estão a ser excluídos dos mercados de derivativos devido aos elevados custos associados com a volatilidade. Por isso, insiste a organização de cooperação, com a possibilidade eminente da revisão da diretiva que regula o mercado financeiro e os seus instrumentos, a nível europeu, a Oikos decidiu juntar-se ao apelo e alertar os deputados portugueses para o facto de que a especulação financeira é um dos principais indutores do aumento dos níveis dos preços e da sua volatilidade, a par da produção dos biocombustíveis e dos fenómenos meteorológicos extremos. a palavra agora é dos cidadãos – e dos eurodeputados.