No encontro da Internacional dos Democratas Cristãos a decorrer em Roma Bento XVI afirmou que « a actual crise económica obriga a repensar o nosso caminho, a adotar novas regras e a encontrar novas formas de empenho»
No encontro da Internacional dos Democratas Cristãos a decorrer em Roma Bento XVI afirmou que « a actual crise económica obriga a repensar o nosso caminho, a adotar novas regras e a encontrar novas formas de empenho»Na audiência concedida em Castelgandolfo aos participantes nos trabalhos do Comité Executivo da Internacional dos Democratas Cristãos que decorreu em Roma, no fim-de-semana passado, o Papa alertou para a necessidade de uma nova consciência social, pondo sempre no centro a pessoa humana: O vosso contributo político não pode limitar-se a responder a urgências de uma lógica de mercado, mas deverá continuar a assumir a procura do bem comum como elemento central e imprescindível.

No seu discurso Bento XVI realçou que os interesses mais vitais da pessoa humana devem estar sempre no centro de toda e qualquer ordem social, o que significa, por um lado, a recusa do aborto, da eutanásia, () e por outro, o respeito e a protecção do matrimónio, como união indissolúvel entre o homem e a mulher, base da convivência social. Citando o Catecismo da Igreja Católica, o Pontífice recordou que uma ordem deste teor tem como fundamento a verdade, edifica-se na justiça e vivifica-se no amor

Salientou ainda Bento XVI que os cristãos são chamados a uma renovada vitalidade de empenho na sociedade, invertendo a crescente tendência do indivíduo ao isolamento, o grande mal do nosso tempo: É verdade que a defesa da dignidade humana é tarefa de todos, mas de modo particular de quem desempenha o papel de representante. Estes, sobretudo se animados pela fé, devem ser capazes de transmitir às novas gerações razões de vida e de esperança.