Milhares de crianças e adolescentes não vão ter acesso às aulas tão depressa por falta de escolas. Cerca de dois mil edifícios escolares foram destruídos durante os combates entre o exército regular e as forças rebeldes e 800 estão ocupados pelos desalojados

Milhares de crianças e adolescentes não vão ter acesso às aulas tão depressa por falta de escolas. Cerca de dois mil edifícios escolares foram destruídos durante os combates entre o exército regular e as forças rebeldes e 800 estão ocupados pelos desalojados
O ano letivo na Síria começou oficialmente esta semana, mas milhares de alunos vão continuar sem aulas por tempo indeterminado, uma vez que as escolas que frequentavam foram destruídas pelos bombardeamentos ou estão ocupadas pelas pessoas desalojadas pela guerra que assola o país. Segundo dados oficiais, das 22 mil escolas, pelo menos duas mil foram danificadas durante os confrontos militares e 800estão a serutilizadas para acolher os refugiados. O enviado especial das Nações Unidas, Lakhdar Brahimi, esteve em Damasco a tentar uma solução de paz para o país e o presidente Bashar al-assad comprometeu-se a apoiar os esforços de mediação, mas exigiu que seja feita pressão sobre os países que armam e financiam os rebeldes do exército livre. Os líderes da oposição, por sua vez, condenaram a missão ao fracasso e afirmaram que o regime sírio só cairá pela força. Entretanto, a ONU elaborou uma nova lista secreta com os nomes de civis e militares suspeitos da autoria de crimes de guerra. O chefe da comissão de investigação, Paulo Pinheiro, citado pela agência Misna, disse terem sido reunidas provas novas e irrefutáveis de violações cometidas por ambas as partes e alertou para o aumento de militantes islamitas nos grupos rebeldes.