O avião papal aterrou em Beirute pelas 14,00 desta sexta-feira. Na sua saudação inicial disse o Santo Padre: «Venho ao Líbano como um peregrino da paz, como um amigo de Deus e um amigo dos homens»
O avião papal aterrou em Beirute pelas 14,00 desta sexta-feira. Na sua saudação inicial disse o Santo Padre: «Venho ao Líbano como um peregrino da paz, como um amigo de Deus e um amigo dos homens»Bento XVI foi recebido pelo Presidente do Líbano, Michel Sleiman, pelo Patriarca Maronita Béchara Boutros Rai e pelo presidente do Parlamento, Nabih Berri e pelo primeiro ministro Nagib Miqati. Na saudação de boas-vindas, o presidente libanês sublinhou as boas relações desde sempre existentes entre o Líbano e a Santa Sé. aludindo a momentos difíceis vividos pelo país, no meio de conflitos internos, o chefe de Estado recordou também o desejo e decisão de sempre reconstruir o país e de reencontrar a unidade nacional. No seu primeiro discurso, Bento XVI começou por recordar que a sua visita ao Líbano se deve, antes de mais, à entrega da Exortação apostólica Ecclesia in Medio Oriente, resultante da assembleia especial do Sínodo dos Bispos para esta região, um importante acontecimento eclesial – disse. O Papa agradeceu a presença dos diversos patriarcas e chefes religiosos das comunidades cristãs, dos diversos ritos e tradições. Destinada ao conjunto do mundo – disse – a Exortação propõe-se ser para todos uma indicação do caminho a seguir nos anos futuros. Na sua grande diversidade, as diferentes comunidades cristãs hão de continuar a procurar caminhos de unidade e concórdia. a convivência feliz de todos os libaneses – continuou o Papa – deve demonstrar a todo o Médio Oriente e ao resto do mundo que, dentro duma nação, pode haver colaboração entre as diversas Igrejas – todas elas membros da única Igreja Católica – num espírito de comunhão fraterna com os outros cristãos e, ao mesmo tempo, a convivência e o diálogo respeitoso entre os cristãos e os seus irmãos de outras religiões. O Papa reconheceu como é delicado manter este equilíbrio de convívio e diálogo na diversidade, que se pode romper por pressões estranhas à harmonia libanesa. Nestes casos – sublinhou o Papa – é preciso dar provas de real moderação e grande sabedoria; e a razão deve prevalecer sobre a paixão unilateral para favorecer o bem comum de todos.