O juiz concedeu mais 14 dias para completar as investigações sobre este caso. O bispo de Islamabad, dom Rufin anthony, apesar de preocupado com a sua saúde e a sua segurança, está otimista quanto ao resultado final
O juiz concedeu mais 14 dias para completar as investigações sobre este caso. O bispo de Islamabad, dom Rufin anthony, apesar de preocupado com a sua saúde e a sua segurança, está otimista quanto ao resultado final a menina Rimsha Masih, de idade compreendida entre os 11 e os 13 anos, tal como já noticiámos, foi acusada de ter queimado algumas páginas do livro Noorani Qaida, um manual de introdução ao alcorão, destinado às crianças para a aprendizagem da língua árabe. Uma vez que continha alguns versículos do alcorão, foi acusada de blasfémia e, segundo a lei muçulmana, corre o risco de ser condenada a prisão perpétua. Estou otimista sobre as possibilidades de Rimsha Masih ser libertada disse o Paul Bhatti, conselheiro especial do ministro da Harmonia Nacional. De facto está marcada para hoje, 1 de setembro, uma audiência no tribunal para decidir sobre a sua libertação sob caução. Entretanto o magistrado prolongou por mais 14 dias o encerramento das investigações para que a polícia possa apresentar um processo mais completo. Toda a família desta menina está sob a proteção e a responsabilidade do ministério da Harmonia Nacional. O cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho pontifício para o diálogo inter-religioso, saiu em defesa desta menina paquistanesa, acusada de blasfémia, declarando que ela não sabe nem ler nem escrever. No meio das imundícies que ela recolhia para viver, encontrou alguns fragmentos deste livro e por isso antes de afirmar que um texto sagrado foi objeto de desprezo, convém verificar os factos. Na sua opinião é impossível que uma menina daquela idade e com um certo atraso mental tenha expressado desprezo pelo livro sagrado do Islão.