Condenados à pena de morte por motivações políticas podem ser executados a todo o momento, apesar dos apelos da amnistia Internacional. as autoridades da Gâmbia já anunciaram que os pretendem fuzilar até meados de setembro
Condenados à pena de morte por motivações políticas podem ser executados a todo o momento, apesar dos apelos da amnistia Internacional. as autoridades da Gâmbia já anunciaram que os pretendem fuzilar até meados de setembro Podemos imaginar o terror em que estes prisioneiros e as suas famílias vivem sabendo que a qualquer momento podem ser retirados das suas celas e colocados em frente a um pelotão de fuzilamento, afirma Paule Rigaud, diretora-adjunta da amnistia Internacional (aI) para África, perante a intenção manifestada pelo presidente da Gâmbia, em mandar executar pelo menos 38 reclusos que foram condenados à morte. Muitos dos presos terão sido condenados após julgamentos injustos, sem sequer terem tido acesso a advogados. Foram julgados por acusações motivadas politicamente e sujeitos a tortura e outros maus-tratos como forma de forçar a confissão, refere a aI, denunciando as condições aterradoras do corredor da morte. Os prisioneiros estão impedidos de contactar com as famílias. Estes últimos dias têm sido um pesadelo. Não sabemos o que se está a passar – quem está vivo e quem está morto. E não sabemos quem será a seguir. Muitas das pessoas aguardam ainda a resposta aos apelos e temos medo porque não sabemos o que lhes vai acontecer, desabafou a mulher de um dos condenados. Segundo Paule Rigaud, a última execução de prisioneiros ocorreu na noite de 23 de agosto. Oito homens e uma mulher foram retirados das suas celas na prisão Mile 2 perto da capital, Banjul, e pouco depois executados pelo pelotão de fuzilamento.como o Ministério do Interior já reiterou a intenção do governo de cumprir todas as condenações passadas pela lei, incluindo a pena de morte, tudo indica que a Gâmbia irá prosseguir com as execuções apesar do protesto internacional.