Três Índios que sobreviveram ao ataque de um grupo de garimpeiros a uma casa comunitária, na fronteira do Brasil com a Venezuela, relataram a barbárie às organizações indígenas
Três Índios que sobreviveram ao ataque de um grupo de garimpeiros a uma casa comunitária, na fronteira do Brasil com a Venezuela, relataram a barbárie às organizações indígenas Duas décadas depois da chacina contra a tribo Yanomami, num caso que ficou conhecido pelo Massacre de Haximú, as comunidades indígenas voltaram a ser vítimas da agressividade dos garimpeiros. Segundo o relato de três sobreviventes, um grupo de homens armados disparou sobre uma casa comunitária da comunidade de Irotatheri, na fronteira do Brasil com a Venezuela, provocando um número indeterminado de mortos, mas que pode chegar às oito dezenas. a denúncia do ataque, cujos contornos estão ainda por apurar, foi tornada pública esta terça-feira, 29 de agosto, pelo Instituto Socioambiental, que cita um documento divulgado pela Coordenação das Organizações Indígenas da amazónia, elaborado com base nos testemunhos dos sobreviventes. Segundo eles, os garimpeiros cercaram a casa, dispararam sobre os moradores e lançaram fogo à estrutura. O documento faz ainda referência às frequentes denúncias dos Yanomami, que têm sido feitas desde 2009 aos diversos órgãos do Estado Venezuelano, sobre a crescente invasão garimpeira e o consequente aumento da violência entre os garimpeiros e os índios. Violência física, ameaças e a contaminação da água por uso de mercúrio causando a morte de vários Yanomami são alguns dos exemplos citados.