a garantia de eleições democráticas em 31 de agosto próximo juntou milhares de militantes em Luanda. a manifestação de sábado passado, 25 de agosto, respondeu ao apelo da UNITa, principal partido da oposição, que já apontou para novas manifestações
a garantia de eleições democráticas em 31 de agosto próximo juntou milhares de militantes em Luanda. a manifestação de sábado passado, 25 de agosto, respondeu ao apelo da UNITa, principal partido da oposição, que já apontou para novas manifestaçõesIsaías Samakuva, presidente da União Nacional para a independência total de angola (UNITa), pediu à comissão nacional eleitoral (CNE) de respeitar a lei, face ao receio de falhas do sistema de transmissão e contolo dos resultados. Se nada mudar, nós vamos pedir-vos para voltar e, desta vez, marchar até à CNE, anunciou Isaías Samakuva aos milhares de militantes reunidos no centro de Luanda, na Praça da Família. O líder da UNIT a mostrou-se disponível para adiar as eleições para garantir o cumprimento da lei eleitoral. Se for necessário mais uma semana, mais um mês, porque não? Mas a lei deve ser cumprida. Isaías Samakuva afirmou que a manifestação quer fazer ouvir as preocupações de todos os angolanos. E defendeu: Não queremos mais nada; apenas queremos eleições pacíficas, livres da intolerância e da intimidação, democráticas e feitas de acordo com a Constituição e a lei. O líder da UNIT a reclama que a contagem dos votos seja feita no local do escrutínio, designadamente a emissão da ata síntese com os resultados de cada assembleia de voto. Exige que o documento seja copiado e entregue a cada um dos representantes das forças concorrentes ao ato eleitoral. a contagem do voto tem de ser mesmo ali. Ninguém vai levar a urna da assembleia de voto para ir contar lá fora. Não vamos aceitar, acentuou o líder da UNITa. Querem fazer toda a contagem em Luanda a mando dos homens da Casa Militar. É transparência, é justiça e democracia isto?, interrogou. Querem-nos distrair, mas nós estamos atentos. as eleições gerais de 31 de agosto têm lugar pela terceira vez, desde a independência, em 1975. Modificada em 2010, a Constituição prevê que o chefe do partido vencedor das eleições legeslativas se torne o presidente da República. Em 2008, data do último escrutínio, a UNIT a conseguiu 10 por cento dos votos, contra 81 por cento do MPL a do presidente Eduardo dos Santos, no poder há quase 33 anos.