Num tema controverso, os bispos católicos deste país africano acham que a referência cristã não deva ser incluí­da no texto da Constituição. é uma questão de separação entre religião e Estado, num país multi-religioso
Num tema controverso, os bispos católicos deste país africano acham que a referência cristã não deva ser incluí­da no texto da Constituição. é uma questão de separação entre religião e Estado, num país multi-religiosoEnquanto na Igreja do velho continente se lamenta a não inclusão da referência às suas raízes hebraico-cristãs no preâmbulo da Constituição europeia, já abandonada, os bispos da Zâmbia assumem uma posição diferente. No preâmbulo, a declaração que a Zâmbia é uma nação cristã deve ser omitida, escreveram os bispos à comissão encarregada de redigir o texto da nova Constituição. Os prelados explicam a sua posição, afirmando que um país não pratica os valores e os preceitos do cristianismo através de uma simples declaração. a Igreja declara que o princípio da separação entre Estado e religião não se pode perder. Por conseguinte, afirmar que a Zâmbia é uma nação cristã estaria em contradição com o reconhecimento de que é um país multi-religioso, princípio este já presente na primeira redação do texto constitucional. Com uma população maioritariamente católica – mais de 85 por cento – a Zâmbia há anos que se debate com o problema de adotar uma nova Constituição. É já a terceira tentativa de redigir um novo texto fundamental que possa ser aceite por todas as partes. a primeira tentativa remonta a 1996, quando era presidente Frederick Chiluba, ex-comunista convertido aos evangélicos. Já nessa altura, os bispos católicos se opuseram à tentativa de inserir no texto constitucional a referência cristã.