a violência na américa Latina e Caribe é a principal preocupação de seus cidadãos. Os 16 mil Municípios, que foram objeto de um estudo das Nações Unidas, revelam que a violência está entre as três principais preocupações dos governos locais
a violência na américa Latina e Caribe é a principal preocupação de seus cidadãos. Os 16 mil Municípios, que foram objeto de um estudo das Nações Unidas, revelam que a violência está entre as três principais preocupações dos governos locais O relatório Estado das Cidades da américa Latina e Caribe, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para os assentamentos Humanos (ONU-HaBITaT) revela que, apenas em 2008, morreram mais de 130 mil pessoas vítimas de arma de fogo na região. Não é ao acaso que américa Latina e Caribe têm as taxas de homicídios mais elevadas do mundo (mais de 20 para cada 100 mil habitantes), muito acima da média global (sete para cada 100 mil habitantes). O diretor do ONU-Habitat, Erik Vittrup, explicou que há políticas públicas sociais e urbanas que tiveram um forte impacto na queda dos índices da violência. Segundo o diretor, o padrão da violência varia muito de país para país na américa Latina e Caribe. as principais causas estão relacionadas com o crime organizado e com a violência doméstica contra mulheres. O estudo sugere que a falta de segurança nos espaços públicos faz com que as mulheres evitem utilizá-los, enfraquecendo o tecido social e impondo a reclusão feminina nos espaços privados. Entre 2004 e 2009, dos 25 países com as maiores taxas de feminicídio no mundo, 13 estavam na região, sendo El Salvador o primeiro país da escala. O feminicídio é um termo sociológico que designa o assassinato de mulheres por motivo de género. O relatório ONU-Habitat é o primeiro que está voltado exclusivamente para a américa Latina e Caribe. Erik Vittrup afirmou que passará a ser publicado de dois em dois anos. Um dos motivos para que a região seja uma das mais violentas do mundo, segundo o funcionário da ONU, é que as cidades da região apresentam os maiores índices de injustiça do planeta. a boa notícia é que essa desigualdade está a diminuir rapidamente na maioria dos países da região, explicou o diretor. Dentre as exceções, estão a argentina, Paraguai, Colômbia e Equador.