Vários líderes africanos expressaram o seu pesar pela morte do primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi. Por seu lado, a amnistia Internacional espera uma transição Política na Etiópia a favor de mais respeito pelas liberdades dos cidadãos
Vários líderes africanos expressaram o seu pesar pela morte do primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi. Por seu lado, a amnistia Internacional espera uma transição Política na Etiópia a favor de mais respeito pelas liberdades dos cidadãosO presidente da Comissão da União africana (Ua), Jean Ping, mostrou-se chocado e entristecido pela morte de Zenawi, homem forte da Etiópia desde 1991. Em comunicado divulgado pela U a – que tem sua sede na capital da Etiópia – Jean Ping, que se encontra em fim de mandato, exaltou o excecional contributo de Zenawi para o desenvolvimento do continente africano e o aumento da presença da África no cenário mundial. Meles Zenawi também foi responsável pela incrível transformação de seu país, que hoje é uma das potências económicas do continente, acrescentou o presidente da Comissão da Ua. ao fazê-lo desempenhou um papel importante como pioneiro de uma nova era de esperança e crescimento, impulsionado pela sua visão de um renascimento da Etiópia e da África. Líderes africanos, como os presidentes do Quênia, Mwai Kibaki, e África do Sul, Jacob Zuma, enviaram condolências à Etiópia. a amnistia Internacional considerou que os 21 anos de mandato de Meles Zenawi foram caracterizados pelo aumento da repressão e pela violação generalizada dos direitos humanos. E acusa o primeiro-ministro etíope: O seu governo afastou as vozes dissidentes, desmantelou a imprensa independente, obstruiu as organizações de defesa dos direitos humanos e asfixiou a oposição política, afirma o texto de Claire Beston, investigadora da amnistia Internacional para a Etiópia. a sucessão de Meles Zenawi representa uma grande oportunidade para o governo e para o próximo primeiro-ministro mudarem o curso do país e abrir passagem para uma era com mais respeito aos direitos de todos os etíopes, afirma a investigadora. a Comissão Europeia confirmou a morte de Zenawi, ontem à noite, 20 de agosto, em Bruxelas, aos 57 anos, após várias semanas de hospitalização na capital belga. Por enquanto, não são conhecidas as causas da morte.