O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, saudou a criação pelo presidente birmanês de uma comissão de 27 membros para investigar a recente onda de violência no estado de Rakhine
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, saudou a criação pelo presidente birmanês de uma comissão de 27 membros para investigar a recente onda de violência no estado de RakhineO presidente birmanês, Thein Sein, criou na semana passada uma comissão [que] é composta por uma parte representativa dos valores nacionais do país, sublinhou o porta-voz de Ki-moon. Isto pode trazer importantes contribuições para o restabelecimento da paz e da harmonia no estado e na criação de um ambiente propício a uma forma mais inclusiva, no futuro, para enfrentar as causas subjacentes à violência, incluindo as condições das comunidades muçulmanas de Rakhine. Recentes tensões entre budistas e muçulmanos rohingya, no oeste do estado de Rakhine, deixaram pelo menos 12 civis mortos e centenas de casas destruídas, bem como, pelo menos, 64 mil pessoas deslocadas, como já tinha noticiado FÁTIM a MISSSIONÁRIa. Ban Ki-moon anunciou que a Comissão irá ser parte integrante de um processo de reconciliação e que as Nações Unidas estão prontas para prestar assistência, num espírito construtivo para a reforma de Mianmar e os esforços de reconciliação do país, ajudando-o a superar os seus desafios iminentes. Mianmar é o nome com que a junta militar – que ainda governa o país, apesar da lenta abertura democrática – batizou a Birmânia, uma decisão que muitos birmaneses rejeitam.