Os deputados somalis recém-eleitos vão tentar escolher um presidente para arrancar o país da desordem e da insegurança em que tem vivido. é uma nova tentativa que esbarra com o ceticismo dos observadores internacionais
Os deputados somalis recém-eleitos vão tentar escolher um presidente para arrancar o país da desordem e da insegurança em que tem vivido. é uma nova tentativa que esbarra com o ceticismo dos observadores internacionaisOs deputados somalis, recentemente designados por uma assembleia de chefes tradicionais, devem eleger hoje, 20 de agosto, em Mogadíscio, o novo presidente do país. É uma nova tentativa para restabelecer o governo central, de que está privada há mais de 20 anos. a eleição do novo presidente deve acontecer ao termo de um longo processo apadrinhado pelas Nações Unidas e pela comunidade internacional, que irá substituir as frágeis instituições de transição, implantadas em 2004, por instituições mais consistentes. O mandato do atual governo de transição expira hoje e a comunidade internacional, que excluiu qualquer prolongamento do mesmo, tudo fez para que a eleição do novo chefe de estado não passasse desta data. aliás o mandato já fora prolongado por dois anos em 2009, sob a ameaça de confusão e insegurança do país. Posteriormente, face ao impasse político, foi acrescentado mais um ano. Os observadores temem que o processo acabe por manter no poder os atuais seus detentores, acusados de corrupção massiva. O representante especial das Nações Unidas para a Somália, augustine Mahiga, ardente defensor do atual processo, não deixou de denunciar as trocas de favores no processo de designação dos novos deputados. No entanto, a eleição de hoje é considerada crucial para restabelecer a paz na Somália, há mais de 20 anos nas mãos dos senhores da guerra, das milícias islâmicas e de grupos de criminosos.