O juiz instrutor Piero antonio Bonnet acolheu os pedidos do promotor de justiça Nicola Picardi e enviou a julgamento o antigo mordomo do Papa e um técnico informático da Secretaria de Estado da Santa Sé
O juiz instrutor Piero antonio Bonnet acolheu os pedidos do promotor de justiça Nicola Picardi e enviou a julgamento o antigo mordomo do Papa e um técnico informático da Secretaria de Estado da Santa Sé acusados de furto agravado, Paolo Gabriele e Claudio Sciarpelletti, antigo mordomo do Papa e técnico informático da Secretaria de Estado da Santa Sé, respetivamente, vão ser julgados por um tribunal do Vaticano devido ao envolvimento no furto de documentos reservados. Os resultados da fase de instrução, incluindo a decisão do juiz e o requerimento do procurador, ambos do Vaticano, foram tornados públicos a 13 de agosto pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Federico Lombardi. Detido a 23 de maio, Paolo Gabriele vai ser julgado pelo furto agravado de documentos reservados, provenientes do apartamento papal. O mordomo inicialmente negou, mas acabou por declarar que estava convencido de prestar um serviço ao Papa, fotocopiando documentos pertencentes à Santa Sé e enviando-os ao jornalista italiano Gianluigi Nuzzi. O colaborador afirmou que agiu sozinho e que não recebeu dinheiro nem outros benefícios em troca dos documentos. Claudio Sciarpelletti foi preso a 25 de maio e colocado em liberdade condicional no dia seguinte. O seu papel aparece como marginal e será processado por favorecimento. Num encontro com os jornalistas, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano sublinha que o Papa respeita o trabalho da magistratura vaticana. Da parte da Santa Sé houve sempre uma vontade firme de transparência. Isto explica a ausência de outras intervenções do Papa sobre o tema, embora não sejam exclusas no futuro. Federico Lombardi admitiu que ulteriores desenvolvimentos do processo poderá vir a ser conhecidos no futuro, eventualmente a partir de setembro.