antónio Guterres lançou um apelo aos países doadores para aumentarem o seu apoio à ajuda aos refugiados malianos. a operação vive desesperadamente com falta de financiamento numa região que luta para conseguir alimentar a sua população
antónio Guterres lançou um apelo aos países doadores para aumentarem o seu apoio à ajuda aos refugiados malianos. a operação vive desesperadamente com falta de financiamento numa região que luta para conseguir alimentar a sua populaçãoNa viagem de três dias que o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) fez ao Burkina Faso, antónio Guterres sublinhou que agora há 257 mil refugiados do Mali que estão expostos a muito sofrimento e muitas dificuldades. No acampamento de Damba, onde esteve com a secretária de Estado adjunta para a População, Refugiados e Migração, anne C. Richard, os dois responsáveis puderam constatar como o Burkina Faso é o maior anfitrião de refugiados malianos, uma vez que acolhe atualmente 107 mil.
Eles tiveram de atravessar as fronteiras de países muito pobres, sujeitando-se a problemas dramáticos no campo da segurança alimentar, no Níger, Mauritânia e Burkina Faso. Os refugiados malianos têm encontrado muita generosidade nestes países de acolhimento, que partilham com eles tudo o que têm, mas estão ainda à espera de um gesto da comunidade internacional. Nós, as agências de ajuda humanitária, temos feito o nosso melhor para satisfazer as suas necessidades básicas para o cuidado da água, alimentos, saneamento e saúde, sintetizou Guterres.
Mais de 250 mil pessoas fugiram do Mali nos últimos seis meses, desde que os combates eclodiram entre as forças governamentais e grupos rebeldes tuaregues armados. além dos refugiados no Burkina Faso, há ainda 96 mil deslocados na Mauritânia e outros 53 mil no Níger. a juntar aos 174 mil civis deslocados dentro do próprio Mali.