Magistrado brasileiro mandou suspender as obras de duplicação de uma linha ferroviária, que iria comprometer a sobrevivência da tribo indígena awá, classificada como a mais ameaçada do mundo. Mesmo sem licença, a empresa já tinha iniciado as obras
Magistrado brasileiro mandou suspender as obras de duplicação de uma linha ferroviária, que iria comprometer a sobrevivência da tribo indígena awá, classificada como a mais ameaçada do mundo. Mesmo sem licença, a empresa já tinha iniciado as obras Uma multa de 50 mil reais por dia é quanto a mega mineradora do Brasil (Vale) vai ter que pagar se não acatar a ordem de um juiz, que determinou a suspensão do projeto de duplicação da polémica ferrovia de Carajás, nos limites do ‘habitat’ natural dos índios awá. a linha é atravessada por comboios carregados de minério, com quase dois quilómetros de extensão.com as obras previstas, a gigante do minério no Brasil pretendia abrir caminho à circulação simultânea de comboios, nos dois sentidos, entre a maior mina de ferro do mundo e a costa maranhense. Os indígenas protestaram, alegando que o aumento do barulho provocado pelas composições iria afastar a caça e pôr em causa a sobrevivência da tribo. O tribunal deu-lhes razão. Nós não aceitamos a ampliação da ferrovia passando em frente ao nosso território. É muito ruim! Faz muito barulho! Os caçadores não caçam nada, a caça fica arisca e vai embora para longe, queixou-se um índio awá, citado pela Survival Internacional, uma organização não governamental de apoio aos povos indígenas. assumindo que a decisão do juiz seja respeitada, trata-se de uma boa notícia para os awá. Porém, a ferrovia não é a única ameaça para a sobrevivência da tribo. Madeireiros, fazendeiros e colonos ainda estão desrespeitando escandalosamente a lei. apesar de todas as garantias dadas pelas autoridades brasileiras, o estilo de vida awá continua sendo ameaçado – precisamos de ação, alertou o presidente da Survival Internacional, Stephen Corry.