a comunidade internacional deve aumentar o seu apoio às centenas de milhares de refugiados malianos que fugiram para os países vizinhos, devido à recente onda de violência, sobretudo no Norte do país
a comunidade internacional deve aumentar o seu apoio às centenas de milhares de refugiados malianos que fugiram para os países vizinhos, devido à recente onda de violência, sobretudo no Norte do paísO alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, antónio Guterres, apelou aos doadores internacionais para fornecerem as verbas necessárias para fazer face a uma situação cada vez mais crítica dos refugiados e pediu aos países para ajudarem a encontrar uma solução política para a crise neste país africano, no início de uma visita de três dias ao Burkina Faso, onde analisará a situação dos refugiados malianos.
Em janeiro, combates entre forças governamentais e rebeldes tuaregues iniciaram-se no Norte do Mali. a instabilidade e a insegurança decorrentes destes confrontos, bem como a proliferação de grupos armados na região – somados à fragilidade política na capital, na sequência de um golpe de Estado em março -, levaram mais de 250 mil malianos a fugirem para países vizinhos como o Burkina Faso, a Mauritânia e o Níger. E estima-se que cerca de 167 mil malianos estejam internamente deslocados.
Para agravar o cenário na região, as organizações humanitárias estimam que existam atualmente cerca de 18 milhões de pessoas a viver em insegurança alimentar, na parte ocidental do Sahel africano, que se estende desde o oceano atlântico ao mar Vermelho, atravessando países como o Chade, o Mali, a Mauritânia, o Níger e as regiões do norte dos Camarões e da Nigéria.