Todos os atores políticos na Guiné-Bissau têm de trabalhar juntos para restabelecer a legalidade constitucional na sequência do golpe de Estado deste ano. E os parceiros internacionais devem entender-se sobre como ajudar o país neste processo
Todos os atores políticos na Guiné-Bissau têm de trabalhar juntos para restabelecer a legalidade constitucional na sequência do golpe de Estado deste ano. E os parceiros internacionais devem entender-se sobre como ajudar o país neste processo Quase quatro meses depois do golpe de Estado em Bissau, o país está politicamente dividido entre os que apoiam o governo de transição e os que não o reconhecem, notou o representante especial do secretário-geral e responsável do gabinete da ONU de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS, na sigla inglesa), Joseph Mutaboba, numa apresentação perante o Conselho de Segurança. Militares na Guiné-Bissau – país lusófono na costa ocidental africana com uma história de golpes, instabilidade e desgoverno político desde que obteve a independência de Portugal em 1974 – tomaram o poder em 12 de abril. O golpe aconteceu antes da segunda volta das eleições presidenciais, que estava prevista para 22 de abril, e motivou pedidos da comunidade internacional para o regresso ao regime civil e a restauração da ordem constitucional. Os militares no poder deram posse a um governo de transição, até novas eleições, prometeu a junta militar, solução reconhecida no exterior pela CEDEaO, a comunidade de estados da África Ocidental, mas não pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.