O mar de Tiberí­ades e os montes próximos servem de cenário ao episódio apresentado pelo evangelho. a multidão continua atraí­da por Jesus, segue-o para ver os milagres e, quem sabe, receber um milagre
O mar de Tiberí­ades e os montes próximos servem de cenário ao episódio apresentado pelo evangelho. a multidão continua atraí­da por Jesus, segue-o para ver os milagres e, quem sabe, receber um milagre Jesus não se afasta da multidão. Pelo contrário, vê as suas necessidades e realiza milagres em seu favor. O evangelho nota, de um modo especial, os milagres em favor dos doentes. Jesus fica impressionado com o grande número de pessoas que o tinham acompanhado, juntamente com os seus discípulos. a situação é oportuna para mais uma catequese. Catequese a lição começa com uma provocação a um dos seus discípulos, Filipe: Onde iremos comprar pão suficiente para dar a toda esta gente?. O evangelho nota que se tratava de uma tentação, de um teste a Filipe, que de imediato busca uma resposta económica: duzentos denários não são suficientes. Num tempo em que só se ouve falar de crise, quase sempre reduzida a aspetos económicos, o evangelho oferece também uma luz sobre o momento que estamos a viver. Perante a provocação de Jesus, Filipe procurou uma resposta económica para o problema que tinha pela frente, esquecendo quem era Jesus. Neste momento particularmente difícil da sociedade, pretende-se responder apenas economicamente aos problemas, sem entender que a crise é mais do que económica. É um sistema que colocou o dinheiro no primeiro lugar, onde não existem pessoas, mas simplesmente consumidores. É preciso voltar a colocar as pessoas em primeiro lugar. Jesus responde Perante um Filipe incapaz de encontrar uma resposta, Jesus mostra quem é. Realiza o milagre, que conhecemos como o milagre da multiplicação dos pães, e leva os discípulos a descobrirem qual a verdadeira identidade do Mestre. Isto é, Jesus é o pão da vida, o verdadeiro alimento, aquele que pode responder aos anseios da humanidade. a resposta de Jesus oferece uma ajuda para o momento presente que estamos a viver. ao longo destes tempos, temos assistido a governos europeus a injetarem dinheiro nos países em dificuldades. Na verdade, parece a cura do penso curativo, em que o objetivo é travar a hemorragia sem se procurar as causas do derramamento de sangue. Esta crise exige uma resposta que vá para além do euro. Jesus tem muito a ensinar… as pessoas não se podem reduzir a números. Uma resposta diferente após a provocação de Jesus com a resposta económica de Filipe, andré apresenta outra resposta, embora não pareça muito convencido que esta possa resultar. andré indica alguém que tem algo para partilhar e avança com o modelo da partilha. Certamente que este já é o início da resposta à crise. a partilha mostra o que há de melhor no íntimo do ser humano. Os momentos de crise colocam as pessoas à prova. Mas é nesses momentos que surge o melhor da pessoa. Prova disso são as campanhas que se realizam a favor dos mais pobres. No momento de crise tão grande como atravessa Portugal, é de salientar a resposta maciça que os portugueses deram por exemplo à campanha do Banco alimentar. Demonstraram que, mesmo em dificuldade, são capazes de partilhar do que têm com aqueles que não têm. Jesus alimenta Com a partilha total (5+2=7: número da perfeição) daquilo que a comunidade tinha para oferecer, Jesus realiza o milagre e alimenta toda a multidão, após ter pronunciado a bênção. Este dar graças é um reconhecer que aquilo que temos não é nosso, mas que somos apenas administradores chamados a administrar os dons de Deus. O milagre é abundante, a multidão come e ainda sobra alimento, que é recolhido em doze cestos, que recordam as doze tribos de Israel, ou seja, o povo de Deus. assim, a comunidade cristã é convidada a continuar esta partilha para que todos possam receber o pão de Deus.