Combates entre o exército regular da República Democrática do Congo e os rebeldes do Movimento 23 de março provocaram uma nova fuga de milhares de pessoas, na província do Kivu do Norte. Na retirada foram apanhadas pelas explosões e trocas de tiros
Combates entre o exército regular da República Democrática do Congo e os rebeldes do Movimento 23 de março provocaram uma nova fuga de milhares de pessoas, na província do Kivu do Norte. Na retirada foram apanhadas pelas explosões e trocas de tirosOs rebeldes do Movimento 23 de março (M23) voltaram a envolver-se em confrontos com o exército regular da República Democrática do Congo (RDC) e obrigaram milhares de pessoas a fugir de suas casas, nas aldeias de Kakomero e Mwaro, a 30 quilómetros de Goma, a capital da província de Kivu do Norte. Na fuga, pelo menos 2. 000 civis ficaram no meio do fogo cruzado, entre as duas forças. Segundo uma emissora local, citada pela agência Misna, parte da população refugiou-se em escolas e está a necessitar de água e alimentação. Os helicópteros das Nações Unidas em missão no Congo sobrevoaram a região para apoiar as tropas oficiais, que estavam a passar por dificuldades para travar o avanço dos revoltosos. Os rebeldes do M23 conseguiram reforços de outros grupos armados com o objetivo de tomarem o controlo da província de Kivu do Norte. agora dirigem-se para Goma, antes que seja enviada uma força regional para a zona, declarou Thomas Muiti, porta-voz da sociedade civil na província. O M23 é formado essencialmente por ex-combatentes da rebelião tutsi congolesa do Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), um movimento liderado pelo general Bosco Ntaganda, que teve o apoio do Ruanda. Os ruandeses viram no CNDP um meio para fazer frente ao grupo rebelde hutu Forças Democráticas para Libertação do Ruanda, que se refugiou no Congo depois do genocídio de 1994. Os amotinados do M23 começaram a combater em abril e desde então têm conquistado terreno.