Os discípulos foram enviados, dois a dois, por Jesus em missão. Realizada a missão regressam e partilham com Jesus tudo o que lhes tinha acontecido algo longo desta experiência
Os discípulos foram enviados, dois a dois, por Jesus em missão. Realizada a missão regressam e partilham com Jesus tudo o que lhes tinha acontecido algo longo desta experiênciaPodemos imaginar quantas coisas os discípulos terão dito a Jesus. a missão não é nunca uma experiência apenas pessoal. É para ser partilhada com a comunidade. Jesus nota a alegria dos discípulos, mas nota também o seu cansaço. É uma observação muito interessante. Demonstra a atenção e o cuidado que Jesus tinha pelos seus. Sabia que tinham necessidade de descansar e convida-os para o repouso. É maravilhoso ter consciência desta atenção de Jesus. Não somos esquecidos por Jesus, mas a sua atenção e cura é tal ao ponto de se preocupar com o bem estar dos seus. Plano fracassado O plano do repouso acaba por fracassar. a multidão consegue adivinhar o local para onde Jesus e os seus discípulos estão a dirigir-se. acorrem primeiro e esperam pela chegada do grupo. Jesus depara-se com a multidão que os espera. Poderíamos pensar em Jesus aborrecido com esta surpresa inesperada. Mas, ao contrário, o evangelho apresenta outra nota de relevo sobre Jesus, uma atitude diferente. Compadeceu-se Jesus vê a multidão e sente compaixão. É um olhar profundo, não um olhar simplório, mas um olhar capaz de ver as dores, os sofrimentos, daquela multidão que acorrera ali para estar com Jesus. Confesso que é a virtude que mais amo em Jesus. Um Jesus que não é indiferente às pessoas, mas dedicado, atencioso, que deseja responder aos anseios da gente.compaixão é cum patire, significa aceitar sofrer com. Jesus está disposto a sofrer por aqueles que O procuram. O sofrer de Jesus não é de quem aceita a situação com resignação, mas de quem procura respostas concretas para os problemas das pessoas e o faz com paixão. Jesus era um homem apaixonado pelas pessoas, por isso, que nunca virou a cara aos que O procuravam, mesmo nos momentos que poderiam ser inoportunos, como neste caso. Estar disponível para os outros é hoje uma virtude que tem sido muito esquecida. Somos gente muito ocupada, quase sempre sem tempo, sempre a correr. Ora isso faz que não consigamos ver, nem sentir compaixão. Quem corre pela vida, não está atento, perde oportunidades de ver quem está ao seu lado pedindo uma mão. Ensinava-lhes… Da compaixão à ação, assim Jesus, procura responder aos anseios da multidão que O procurava. a sua compaixão não é apenas um sentimento vazio, não é aquele habitual coitadinho, mas uma compaixão que lhe vinha do interior do seu ser e que O levava a responder com ações concretas. assim deve ser a nossa compaixão. Uma compaixão que leva à ação na missão.