as fortes chuvadas que têm caí­do no norte do Níger e do Mali fazem prever uma segunda praga de gafanhotos na região. Várias equipas das Nações Unidas estão no terreno a tentar controlar os enxames
as fortes chuvadas que têm caí­do no norte do Níger e do Mali fazem prever uma segunda praga de gafanhotos na região. Várias equipas das Nações Unidas estão no terreno a tentar controlar os enxames as chuvas já caíram no norte do Níger e no Mali. Isto vai criar boas condições para o desenvolvimento dos insetos e prevê-se a possibilidade de que um segundo surto de gafanhotos possa surgir no final do verão, afirmou esta terça-feira Keith Cressman, diretor da Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FaO) para a previsão de pragas de gafanhotos. Nessa altura, acrescentou o responsável, os enxames podem mover-se para a Mauritânia, argélia, Líbia e até ao sul de Marrocos, bem como ameaçar as culturas durante o período de colheitas no Sahel da África Ocidental. No final de março, a FaO tinha advertido que os enxames podiam chegar ao Níger e ao Mali em junho. as chuvas contínuas e o crescimento da vegetação levaram à formação de enxames em meados de maio. as operações de avaliação e controlo foram prejudicados pela insegurança ao longo de ambos os lados da fronteira, na argélia e na Líbia, e os insetos que não foram controlados migraram pelo Saara para o Mali e o Níger. Durante as últimas semanas, caíram fortes chuvas na região, permitindo a maturação dos adultos de gafanhoto do deserto, que agora estão a pôr ovos nessas áreas. a incubação já começou e continuará este mês, fazendo com que o número de gafanhotos aumente ainda mais. Embora o Níger, o Mali e outros países do Sahel contem com equipas de avaliação e controlo dos gafanhotos, é necessário financiamento de emergência para expandir a sua capacidade de resposta em grande escala e fornecer apoio logístico, tais como veículos, equipamentos de comunicação e de transporte de pesticidas. a falta de equipamento logístico é particularmente evidente no Mali, onde mais de 30 camiões e outros equipamentos foram recentemente saqueados na parte norte do país, alerta a FaO.